“Você não jogou fora o lixo de novo!” Escândalos e brigas na família: como descobrir quem está certo e quem é o culpado?
Provavelmente, toda pessoa sonha com um relacionamento ideal no qual não haverá lugar para conflitos e brigas.
Mas o conto e o romance são substituídos pela rotina e pela vida. E acontece que negociar pacificamente não é fácil.
Brigas, escândalos começam. Não jogou o lixo fora? Arrumou a mesa? Não passou as camisas? E um dos dois dá uma palestra de uma hora sobre a divisão de responsabilidades.
Esta é realmente a vida familiar com que você sonhou?
No fundo, o objetivo de qualquer briga é convencer seu parceiro de que está certo. Mas outra pessoa pode ter seu próprio ponto de vista sobre o que está acontecendo.
Ocorre um choque de interesses que nem sempre ocorre de forma indolor
Por que brigamos com tanta frequência?
No início do relacionamento, surgem escândalos porque os cônjuges recém-casados têm idéias muito diferentes sobre a vida familiar e sobre os deveres e direitos que ela inclui.
Em outras palavras, um homem e uma mulher têm diferentes imagens da vida familiar em suas cabeças. Ele espera da comida deliciosa dela, comunicação sobre tópicos de interesse para ele e sexo.
Ela espera que o homem lhe dê constantemente sinais de atenção e que literalmente carregue em suas mãos. Ao mesmo tempo, nenhuma das fotos tem uma lixeira ou louça suja.
No entanto, na realidade, nem um nem o outro recebem plenamente o que esperavam. E aqui está o primeiro escândalo.
Acontece que as pessoas acreditam sinceramente que seu parceiro ou parceiro deve (a) adivinhar os desejos do outro.
Na maioria das vezes, essa posição é adotada pelas mulheres, embora os homens também pecem por isso.
Esse comportamento apenas aumenta a tensão, porque por trás das expectativas não cumpridas sempre há um insulto. E é ela quem se torna a ocasião para o início de um escândalo na família.
Quem é o chefe da casa?
Outro motivo comum: um dos cônjuges quer se afirmar e elevar sua auto-estima às custas do outro.
Esse modelo de comportamento pode ser emprestado da família dos pais e é usado como o único esquema de comunicação conhecido pelo homem.
Isso pode se manifestar não apenas em escândalos, mas também com violência física, agressão.
Assim, um homem pode justificar seu comportamento com as seguintes teses: “Tomar decisões é um negócio de homens”, “Lugar da mulher na cozinha”, “O que ela pode entender nisso?”
Uma mulher em situação semelhante geralmente se refere ao fato de querer o bem para o marido e a família.
As frases “eu sei melhor”, “ele deve fazer o que eu quero, eu sou a mulher dele” são características dela.
Com essa abordagem, o marido ou a esposa são desvalorizados como uma pessoa independente. A reação é previsível: um escândalo.
É isso que as pessoas com baixa auto-estima fazem, que não obtêm o reconhecimento desejado na sociedade, então tentam compensar isso com sua atitude em relação a quem está por perto.
Quem é o chefe da casa? Esta questão não pode ser esclarecida pelos cônjuges antes de ficar um clima ruim. É importante para eles não apenas liderança absoluta na família.
Há outro objetivo: subjugar completamente outra pessoa. Criar uma situação em que uma sempre esteja certa na família – isso permite que você gerencie a outra e justifique qualquer uma de suas ações.
Por exemplo, um homem insiste em sua constante justiça. Ele pode explicar facilmente à esposa por que não dormiu em casa: “Era necessário”.
Naturalmente, esse comportamento provocará conflitos e brigas. As pessoas reagem extremamente negativamente àqueles que desconsideram suas opiniões e as tratam como propriedade, sem qualquer respeito.
Como manter o relacionamento?
Os conflitos na família não são apenas um fator destrutivo. Desde a infância, nos inspiramos com a idéia de que brigar é ruim e que qualquer conflito deve ser evitado por todos os meios.
Na minha opinião, isso não é inteiramente verdade: uma pessoa deve ser ensinada a se comportar em uma situação contenciosa.
E brigas são quase inevitáveis, porque é assim que as pessoas que até a época do casamento eram completamente estranhas se adaptam à vida familiar.
Outra coisa é como as pessoas se comportam durante o conflito, porque muitas vezes um pouco inofensivo pode causar uma forte reação negativa, que se transformará em uma briga.
E o escândalo é caracterizado por uma grande emocionalidade: as pessoas, sob a influência de sentimentos, não controlam o que dizem e de que forma
Existe um risco aumentado de insulto sério ao seu cônjuge. Além disso, algumas pessoas usam o escândalo como uma maneira de chamar a atenção para sua personalidade.
Isso acontece quando há insatisfação na proximidade emocional de um casal.
Entender quem está certo, quem é o culpado por um conflito específico dentro da família, na minha opinião, é uma ocupação ingrata.
Mais importante é a maneira de comportamento durante a briga: uma pessoa precisa não apenas expressar seus pensamentos, mas também tentar ouvir seu parceiro.
Como existe algum conflito, a disputa envolve um diálogo entre duas pessoas (mesmo em tons elevados).
A posição mais eficaz é o compromisso. Você precisa expressar honestamente suas expectativas e estar preparado para discuti-las, e não declarar em forma de ultimato.
Em uma família onde as relações são harmoniosas, a questão da liderança não é aguda, pois está sempre em movimento. Por exemplo, um homem escolhe e determina para onde irá e uma mulher é responsável pela qualidade desse processo.
Quando o marido diz: “Vamos atravessar o pântano”, a esposa responde: “Bom, mas depois calçamos as botas e tiramos os sapatos”.
Além disso, o orgulho de ninguém sofre, porque todo mundo entende que isso é melhor para a família como um todo.
A capacidade de negociar e até mesmo durante uma briga ouvir seu cônjuge trará harmonia e felicidade ao relacionamento.